O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta feira (14) a inclusão de um semestre a mais no Exame Nacional de Desempenhos dos Estudantes (Enade). Segundo o ministro, a intenção é evitar que instituições tentem fraudar o exame selecionando apenas os melhores alunos para que obtenha uma nota alta na avaliação. O MEC investiga uma denúncia contra a Universidade Paulista (Unip), suspeita de cometer este tipo de irregularidade. A Unip nega as acusações.
"Nós vamos incluir um semestre a mais na avaliação para garantir que o exame do Enade não permita nenhum tipo de procedimento que não faça a legítima avaliação dos alunos", disse Mercadante em discurso na Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados. Unip
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que a portaria com a mudança no Enade sairá ainda nesta quarta-feira (14). "Todos os alunos concluintes do semestre no qual a prova é feita e do próximo semestre terão que fazer a prova. Portanto, tentar adiar a formatura de um estudante para melhorar um desempenho não vai ser permitido", afirmou o ministro, enfatizando que o Enade deve consisitir na "verdadeira avaliação de uma instituição".
O Enade avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e as avaliações das áreas ocorrem, no máximo, a cada três anos.
Mercadante também defendeu o cumprimento de que um terço da jornada de trabalho de 40 horas semanais seja dedicado às atividades extraclasse, estudos ou planejamento de aulas. "Nós não temos como fazer educação continuada se o professor está sufocado com aulas", disse o ministro, afirmando que o desempenho da hora atividade é importante para a formação do professor.
O ministro participou de reunião conjunta da Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados para expor objetivos do Plano Nacional de Educação 2011-2020 (PNE). Mercadante já havia ido ao Senado Federal no final de fevereiro.