A deputada Ivana Bastos anunciou, nessa quarta-feira (10/07), que foram liberadas as licenças para os Lotes 5 (Guanambi) e 5A (ponte sobre o Rio São Francisco) da Ferrovia Oeste Leste (Fiol), o que significa que em breve as obras nas regiões sudoeste e oeste serão totalmente retomadas.
A informação foi dada à parlamentar por diretores da Valec Engenharia, empresa responsável pela obra, que confirmaram a liberação da licença ambiental pelo Ibama, o que permite que a Valec possa emitir a Licença de Instalação (LI) para os trechos.
A liberação vem atender um pleito da Comissão Especial da Fiol, presidida pela parlamentar, que, desde sua criação, em 2011, não tem medido esforços para auxiliar na celeridade das obras da ferrovia, incluindo a liberação dos trechos que ainda estavam pendentes.
Para a deputada, a licença do lote de Guanambi chega em um ótimo momento e cessa a grande expectativa e ansiedade que existiam na região. “Lutamos muito para que essa licença fosse emitida. Agora estamos satisfeitos com o futuro do nosso sudoeste. As obras serão retomadas, a mão-de-obra será contratada, e Guanambi se tornará um grande canteiro de obras”, declarou.
A parlamentar destacou ainda a importância da liberação da licença para o Lote 5A (Ponte sobre o Rio São Francisco). Lá, a ferrovia irá dinamizar o escoamento de grãos do oeste da Bahia. A chegada da Fiol, segundo apontam estudos preliminares, tem potencial para reduzir custos logísticos no fluxo de cargas da região em pelo menos 15%, isto considerando as atuais condições de navegação e infraestrutura na área do Rio São Francisco.
Além disso, a Fiol já nasce com a previsão de transportar por ano um total de 40 milhões de toneladas de produtos, sendo que a expectativa é que em dois anos esse número atinja 45 milhões e até 2025 esse escoamento esteja na faixa de 54 milhões de toneladas. Só no que diz respeito a grãos e farelos do oeste, a Fiol já nasce com expectativa de transportar 2,5 milhões de toneladas.
Luta - Através da Comissão, a deputada esteve por cinco vezes em Brasília, onde realizou, de maneira inédita, uma reunião conjunta com representantes da Valec Engenharia, do Ibama e do Tribunal de Contas da União, órgãos diretamente envolvidos na liberação das licenças dos lotes da Fiol. Também realizou visita a canteiros de obras para acompanhar o andamento dos trabalhos, uma audiência pública em Guanambi sobre a obra, e foi colaboradora do Seminário Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa, realizado no município de Barreiras.
“Estamos à frente dessa luta pela Fiol e defendemos que a obra seja liberada com celeridade e responsabilidade, pois representa o desenvolvimento do estado, principalmente dos municípios localizados no interior. Precisamos produzir e ter capacidade de escoamento dos nossos produtos e a Fiol é a concretização desse sonho”, finalizou.
