Ao representar a Bahia e Brasil na IX Conferência dos BRICS, na China, a deputada Ivana Bastos, vice-presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos (UNALE), fortaleceu a necessidade do diálogo entre as Cidades Irmãs para a promoção do desenvolvimento integrado e cooperado dos países membros. “Através das iniciativas do BRICS, o intercâmbio entre as nações em desenvolvimento poderá aumentar e ser mais interligado. Os benefícios poderão ser mais compartilhados e a pesquisa e a inovação poderão ser mais conjugadas”, disse Ivana Bastos.
Entre os dias 08 a 16 de julho, o BRICS, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, realiza uma série de atividades na cidade de Chengdu, na Província de Sichuan, na China. Além de sediar a IX conferência, a China também assumirá a presidência do bloco. Aliado a isso, a Associação Internacional das Cidades Irmãs da China realiza o Fórum das Cidades Amigas dos BRICS e Cooperação entre Governos Locais com o tema “Desenvolvimento Interconectado, Inovação Conjunta e Benefícios Compartilhados”.
O evento reúne autoridades dos governos local e central, Legisladores, investidores e estudantes dos países membros para a promoção de entendimento, estabelecimento de cooperação, desenvolvimento de relações de irmandade entre cidades e intercâmbio de experiências.
Como a única representante do Brasil a discursar na conferência, a deputada Ivana Bastos deu destaque ao caráter lutador do povo brasileiro. “Neste país, que é o meu Brasil, vive um povo laborioso, criativo, alegre, acostumado a enfrentar dificuldades e a encontrar soluções para os problemas que surgem. A gente brasileira foi atingida, nos últimos anos, por fatores diversos que lhes tem dificultado a vida. Alguns desses fatores são internos e nós é que temos de superá-los. Outros são externos e só podem ser enfrentados em um contexto global”, afirmou.
A parlamentar ressaltou ainda que a crise que assola a economia mundial, a partir de 2008, tem cobrado um alto preço à economia do país levando-o a desindustrialização. “O nível de desenvolvimento do país ainda é precário e a desindustrialização que aí aparece é uma desindustrialização precoce, sintoma, não de um grande desenvolvimento, mas da falta dele”, considerou.
Representante também do Nordeste e da sua cidade Guanambi, a deputada não deixou de falar dos avanços do município na contramão da crise, dentre eles: abrigar o maior complexo de produção de energia eólica da América Latina, junto aos municípios de Igaporã e Caetité, pioneiros na futura implantação de um potente parque solar; o município também receberá os trilhos da Fiol. “A região do Brasil de onde eu venho é o Nordeste, de precário desenvolvimento. Dentro dessa região, a minha cidade, Guanambi, é conhecida como uma cidade de dinamismo acentuado, que busca o progresso e experimenta as novas tecnologias”, disse.
Ao final do discurso, a parlamentar reiterou que a jornada de progresso do país será fortalecida com as experiências correlatas que se processem no âmbito dos BRICS. “Para a minha cidade, Guanambi, para o Brasil e para os países em desenvolvimento, é uma esperança e um desejo ardente que o papel e a influência dos BRICS cresçam, propiciando maior intensidade no intercâmbio tecnológico, na pesquisa, inovação, comércio, complementação e nos benefícios mútuos”, frisou.