O governo anunciou nesta terça-feira (3) a segunda etapa do programa Brasil Maior, plano de estímulos à economia, especialmente focado na indústria que tem sofrido seriamente com a valorização do real, falta de competitividade e alta carga tributária. O anúncio começou às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na fala inicial do ministro Guido Mantega (Fazenda) foi enfatizado que ações sobre o câmbio "são permanentes" e que o governo pode adotar novas medidas a qualquer momento, acrescentando que a cotação do dólar acima de R$ 1,80 "é razoável".
"Não importa as medidas já tomadas, mas as que iremos tomar", disse Mantega, em referência às políticas já lançadas, como o aumento do IOF.
As medidas tributárias, segundo Mantega, contarão com a desoneração da folha de pagamentos para 15 setores, do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do setor de infraestrutura, além do programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e a postergação do pagamento do PIS-Cofins para empresas com dificuldades.
Uma novidade será o incentivo tributário às instituições que cuidam da atenção oncológica. Haverá ainda o estímulo a obras de infraestrutura portuária e ferroviária.
Mantega anunciou mais estímulos à produção nacional e à defesa comercial. Haverá medidas para aumentar e reduzir o custo do financiamento do comercio exterior, com mais financiamento a custos reduzidos.
Dentro do novo pacote, que deve somar R$ 20 bilhões em desonerações e financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está ainda a desoneração de redes de telecomunicações, e a renovação do programa "Um computador por aluno" e a retomada do programa para uma indústria de semicondutores no país.
A apresentação do ministro que começou com um panorama recente sobre o cenário econômico mundial e suas dificuldades.