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MOÇÃO Nº 13.992/2012

CONGRATULAÇÕES ao município de Caetité pelo transcurso de sua emancipação política que ocorrerá em 05 de abril do corrente ano.

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CONGRATULAÇÕES ao município de Caetité pelo transcurso de sua emancipação política que ocorrerá em 05 de abril do corrente ano. 

 

A deputada que esta subscreve vem, na forma do disposto no Regimento interno, apesentar as nossas CONGRATULAÇÕES ao município de Caetité pelo transcurso de sua emancipação política que ocorrerá em 05 de abril do corrente ano. 

Caetité, ilustre cidade da Serra Geral, foi palco de diversas discursões acadêmicas e históricas desde o século XIX quanto à data de sua emancipação e a origem de seu nome, provocando algumas controvérsias, inclusive chegando ao ponto de alterar recentemente a data de sua emancipação que passou de 12 de outubro para 05 de abril.

A primeira ideia equivocada, e largamente difundida, diz respeito à existência de aldeia de índios caetés. Este povo indígena extinto era descendente dos tupis, que habitavam a costa da PB, de PE e AL, portanto não há nenhum registro de algum ramo dessa tribo no sertão baiano. Os caetés pertenciam ao grupo tupi-guarani, enquanto os índios do interior, originalmente chamados tapuias, compunham-se da etnia Jê, cujas principais tribos foram dos aimorés, goitacás e cariris. Eram tidos como mais atrasados que os primeiros.

Apesar da semelhança do topônimo Caetité com a tribo dos Caetés, não há nenhuma relação, pelo menos consistente a esse respeito. O equívoco ganhou corpo já em 1892, no governo Rodrigues Lima, quando João Gumes foi encarregado, pelo diretor do Arquivo Público da Bahia, de fornecer informes sobre o Município. Arthur Dias, em 1896 já assinalava: Consta de antigas tradições que Caetité fôra em suas origens históricas uma aldeola de índios Cahetés donde talvez lhe procede o nome. Apesar de corrigido nas páginas do Jornal A Penna, (1927/28), a informação ainda subsiste nos anais oficiais e livros de memórias. 

O nome de Caetité, segundo a historiografia local (Helena Lima e Bartolomeu Mendes), vem do tupi, forma sincopada de CAA (mata) ITA (pedra) ETÉ (grande), devido ao local onde o núcleo primitivo, ainda hoje conhecido por Caetité Velho, ter se instalado, está junto à famosa Pedra Redonda, afloração rochosa a Leste da cidade, visível de seu centro. Caetité, assim, significa, grosso modo, mata da pedra grande. 

Em relação à data de sua emancipação, os registros dão conta que a data até então comemorada estava equivocado o que lhe "roubara" 57 anos da verdadeira emancipação que foi 05 de abril de 1810, completando esse ano 202 anos de sua criação. 

A cultura do município apresentou ao país diversos nomes que ficaram marcados nos anais de nossa história desde o século XIX, iniciou essa fama com os tribunos Aristides Spínola (ex-governador de Goiás e mais jovem parlamentar no Império) e Cezar Zama, grande polemista e maior adversário, na tribuna, de Rui Barbosa - ambos abolicionistas e republicanos.

Em 1894 faz o primeiro governador eleito do estado, Dr. Rodrigues Lima, genro do Barão de Caetité, assistindo pela primeira vez a ação efetiva do poder público estadual, com a modernização das instalações públicas (dentre outras ações, a construção de açudes, Cemitério Municipal, Mercado e a Primeira Escola Normal do alto sertão).

No século XX tivemos Anísio Teixeira guindado como um dos maiores educadores do país da primeira metade daquele século. Anísio Teixeira percorreu um longo caminho no setor educacional. Após ficar exilado, durante o Estado Novo, em 1946, após o retorno do país ao regime democrático, Teixeira foi convidado por Octávio Mangabeira - um dos maiores líderes liberais do século XX, fundador da UDN, também exilado e então eleito para o Governo da Bahia - a ser o Secretário de Educação e Saúde. Dentre outras realizações, construiu na Liberdade - o mais populoso e pobre bairro da capital baiana - o "Centro Educacional Carneiro Ribeiro", mais conhecido por Escola Parque, lugar para educação em tempo integral e que serviria de modelo para os futuros CIAC´s e CIEP´s.

Em Caetité nasceram o músico Waldick Soriano, o político Prisco Viana (ex-ministro da Previdência Social), José Neves Teixeira; Haroldo Lima, deputado federal e presidente da Agência Nacional do Petróleo e dirigente nacional do Partido Comunista do Brasil, que este ano completa 90 anos de sua fundação.

Portanto, podemos apresentar um pouco da história cultural e política do município de Caetité, muito rica e que contribuiu bastante em todos os aspectos com o Brasil do século XX, cuja formação política e cultural se deu nesse século.

Sua economia tem se baseado na agricultura, principalmente na produção de mandioca, cana-de-açúcar, feijão milho e café. Na pecuária vem se destacando no gado de corte e produção de leite. O município tem diversificado bastante suas variáveis econômicas com indústrias de cerâmica, alimentícia e manufaturas têxteis. Na mineração, a exploração de ricas jazidas de urânio, ametista e manganês e ferro tem garantido o desenvolvimento econômico local de toda a região. Principalmente com a chegada da Ferrovia Oeste-Leste - FIOL que consolidará o município como grande produtor mineral do país.

Assim, parabenizamos esse município rico em história e cultura para a Bahia, numa demonstração da sua importância para a cultura e educação de nosso país, colocando sempre o nosso mandato à disposição daquele povo hospitaleiro e trabalhador.

Dê-se ciência dessa Moção ao Prefeito Municipal, José Barreira, à Câmara de Vereadores e aos meios de comunicação local.

 

Sala das Sessões, 3 de abril de 2012

 

Deputada Ivana Bastos

 

 

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